URUGUAI E O ABORTO
- Aborto Contraditório
- 7 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
O principal exemplo que temos na América do Sul quando falamos sobre o assunto é o Uruguai. O país se tornou o segundo do continente a descriminalizar o aborto (atrás apenas da Guiana) e em 2018 fazem 6 anos que a lei entrou em vigor. Isto nos faz imaginar que o Brasil está anos atrás do vizinho, pois este é um processo longo e demorado.
O Uruguai demorou décadas para aprovar a lei, foram diversas batalhas e discussões enquanto vemos um Brasil parado no tempo, não existem nem debates no Congresso Nacional. Até a Argentina já abriu discussão no parlamento alegando que estão ocorrendo muitas mortes por abortos irregulares, mas os políticos brasileiros parecem não saber disso, ou apenas não ligam.
No final de 2012, quando a lei foi sancionada, diversos países viraram a atenção para o Uruguai querendo saber quais seriam as mudanças na nação. Apesar de nos dois primeiros anos não mostrar mudanças significativas, em 2017 ocorreu uma baixa que estabeleceu um recorde no número de mortalidade infantil: 6,6 óbitos no primeiro ano por 1.000 nascidos, contra 7,9 mortes por 1.000 em 2016. Dados apresentados pelo ministro da Saúde, Jorge Basso.
As leis são claras: o aborto só poderá ser efetuado depois da gestante passar por um ginecologista, um psicólogo e um assistente social. O prazo para a interrupção da gravidez são 12 semanas de gestação, exceto em casos de riscos à saúde da mulher, de estupros ou de má-formação fetal, daí o prazo se estende para 14 semanas. Estas regras geraram o crescimento de 30% na desistência do aborto após solicitá-lo, mostrando a importância das recomendações dos profissionais citados.
A relação de 12 para cada 1.000 mulheres que concretizam o aborto mostra uma estatística melhor que a de países nórdicos, ou seja, não é a legalização que fará a maioria das mulheres retirarem o bebê, nenhuma mulher sente prazer ao retirá-lo.
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