A PÍLULA DO DIA SEGUINTE E A FALTA DE INFORMAÇÃO
- Aborto Contraditório
- 4 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul. de 2018
Quase todo mundo já sabe que para evitar a gravidez e a propagação de doenças sexualmente transmissíveis, como as causadas pelos vírus HIV e HPV, as pessoas devem usar preservativo em todas as relações sexuais.
Porém, dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), apresentados em 2015, revelam que 45% da população brasileira não usa camisinha. O que fazer, então, diante do risco de uma gravidez indesejada, visto que o aborto é permitido no Brasil apenas para casos de estupro, risco de vida para a mãe ou se o feto for anencefálico?
Já existe um contraceptivo de emergência de que quase todos já ouviram falar, mas do qual as pessoas sabem muito pouco: a famosa pílula do dia seguinte. O Ministério da Saúde, desde 2013, facilita o acesso à pílula do dia seguinte. Os postos de saúde não exigem mais receita médica para distribuir o medicamento de forma gratuita.
Seus efeitos colaterais são bem reconhecidos e conhecidos, já que a pílula vem sendo estudada há mais de 50 anos. Exatamente por isso, o ideal seria que todas as mulheres passassem por consulta médica antes de adotar um método anticoncepcional e que depois fossem acompanhadas para avaliar os riscos e benefícios individuais do método de escolha.
Porém, o medo de que as mulheres façam uso indevido ou excessivo do medicamento e os tabus, religiosos ou não, que envolvem o sexo dificultam o acesso a informações sobre seu uso correto. Os médicos são taxativos ao afirmar que a pílula do dia seguinte não é abortiva. Ela evita ou adia a ovulação. Assim, a gravidez não ocorre.
Deve ser tomada logo após a relação sexual ou em até 72 horas depois. Quanto mais rápido a mulher tomar a pílula, mais eficaz ela será. Ela ainda é bem menos eficiente que a pílula anticoncepcional de uso diário. A alta dosagem de hormônio presente em sua fórmula, pode causar efeitos colaterais como: náuseas e vómitos.
Apesar de não ser o anticoncepcional ideal, a pílula pode evitar que a mulher venha a enfrentar as consequências de uma gravidez indesejada.
Não adianta distribuir a pílula nos postos de saúde se o acesso a informação é restrito, dando chance para que circulem informações falsas. Deve haver garantias que os direitos contraceptivos das mulheres serão respeitados. E o acesso a informação é essencial para que elas tenham todas as informações necessárias para poder tomar a difícil decisão de ter um filho, ou não.
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